Thiago Assunção*

Com certeza você já ouviu falar de organizações como a UNESCO, UNICEF, OMS, PNUD, ACNUR. Essas organizações atuam em missões de construção e manutenção da paz, operações de acolhida a vítimas de perseguições e crimes de guerra, ajuda humanitária em casos de catástrofes naturais, projetos de cooperação para o desenvolvimento inclusivo e sustentável, entre outros. Essas ações são levadas a cabo em parceria com os estados e com a sociedade civil, por meio de permanente diálogo e negociação sobre as demandas dos países receptores, de acordo com os recursos disponíveis.

Organizações como essas, de caráter global, possuem funcionários altamente qualificados, pois são exigidos conhecimento de línguas estrangeiras, participação em voluntariados e, claro, uma sólida formação acadêmica. É bastante competitivo entrar em uma delas, mas sem dúvidas pode ser uma experiência muito recompensadora – girar o mundo a trabalho, não para representar apenas um governo ou empresa, mas uma causa pela qual você é apaixonado/a, como a proteção de crianças refugiadas, a preservação da biodiversidade, ou o combate à fome em países extremamente pobres. Existem milhares de pessoas que acordam de manhã com esse tipo de tarefa profissional todos os dias.

A ONU e suas agências possuem escritórios espalhados pelo mundo, inclusive no Brasil. Instituições como o PNUD estão presentes há décadas no país, e existem aquelas que têm expandido sua atuação por aqui diante do crescimento das demandas, como o ACNUR – a Agência da ONU para Refugiados, e a OIM – Organização Internacional para as Migrações.

A ONU nada mais é do que o fórum onde se reúnem os estados soberanos. São eles, por meio de seus representantes, que decidem quando e o que essas organizações devem ou não fazer. Portanto, é o conjunto da comunidade internacional, composta por diferentes atores, que diante das crises e desafios globais cada vez mais recorrentes, muitas vezes falha ao não prover respostas mais imediatas e efetivas. É notória por exemplo, a necessidade de reformas nos principais mecanismos de governança global, como o Conselho de Segurança, de modo a torná-los mais efetivos, democráticos e transparentes.

Tendo tido uma breve experiência no sistema ONU, e muitos amigos / como trabalhando nas Nações Unidas, pode indicar que trata de funções bastante desafiadoras. Construa uma carreira desse tipo não é para qualquer um, mas é preciso muito desprendimento e coragem, inclusive para passar longos períodos da família e dos amigos e lidar com situações delicadas. Ao mesmo tempo, como pessoas com um coração enorme e super capacitado, que encarecem esses com um sorriso grande no rosto, na certeza de que estão afetando as crianças afetadas e aquelas que tiveram sorte de cruzar ou caminho, usando o tipo emergencial em um campo refugiados, trabalhando com projetos locais de desenvolvimento humano, ou viabilizando o acesso à saúde em áreas devastadas por guerras ou catástrofes naturais.

Conclua que, se um lado é preciso, se você conhece o melhor trabalho das organizações internacionais para descobrir o seu verdadeiro papel, por outro é um notário que essas tarefas usa cada vez mais o conjunto de papéis bem preparados, descarta um uso que exige desempenho e qualificação, e que, ao mesmo tempo, manter, ponto de vista pessoal, Experiências interessantes interculturais, com certas doses de aventura, e carreiras muito promissoras, inclusive ponto de vista financeiro.

* Thiago Assunção é mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Roma, doutor em Direito Internacional pela USP. É professor dos cursos de graduação em Relações Internacionais e Direito e coordenador da Pós-Graduação em Organizações Internacionais e Prática Jurídica Global da Universidade Positivo.