À margem
Daniel Medeiros* Descartes nunca engoliu o ceticismo do seu conterrâneo Montaigne, que relativizava tudo e buscava sempre se colocar no lugar do seu interlocutor, mesmo que este fosse um gato. Aliás, quanto a isso, Descartes ficaria ainda mais brabo: para ele, os animais não passavam de autômatos e nunca seriam capazes de sonhar correndo atrás...